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Adial participa de reunião do Conselho Goiás Export sobre o futuro das ferrovias no estado

  • Foto do escritor: Cejane Pupulin
    Cejane Pupulin
  • 22 de mai.
  • 2 min de leitura

22.05.2025





A Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) participou, nesta quinta-feira (22/05), de uma videoconferência promovida pelo Conselho Goiás Export, que debateu a situação atual e as perspectivas para a malha ferroviária no Brasil, com foco especial no Estado de Goiás.


Durante o encontro, foi apresentado um diagnóstico preocupante: quase metade da malha ferroviária brasileira está inoperante. Apenas 57% das linhas recebem um ou mais trens por dia. Além disso, o déficit na infraestrutura nacional chega a R$ 744,3 bilhões, evidenciando a necessidade urgente de investimentos e planejamento estratégico.


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conduziu uma apresentação sobre o panorama das ferrovias no Brasil, destacando os principais desafios e as oportunidades para Goiás. “Temos que criar expectativas e buscar soluções”, ressaltou.


Eduardo Alves, diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Adial e presidente do Conselho Goiás Export, também participou ativamente das discussões, destacando os estudos já realizados para a implantação de ferrovias no Sudoeste goiano. “Já visualizamos a viabilidade das chamadas shortlines na região, com potencial para impulsionar o desenvolvimento econômico local”, afirmou.


Plano Estratégico Ferroviário de Goiás


Um dos pontos apresentados foi o Plano Estratégico Ferroviário (PEF), que visa estruturar um portfólio de projetos prioritários para a implantação e operação da nova malha ferroviária no estado. O plano inclui a realização de um diagnóstico detalhado do sistema atual, definição de estratégias e formação de um cronograma de investimentos, buscando atender à demanda do setor produtivo e da população goiana.


A estrutura proposta envolve uma parceria entre a Assembleia Legislativa e o Governo do Estado de Goiás. À Assembleia caberá a instalação de comissões para debates e audiências públicas, além da elaboração de um projeto de Emenda à Constituição e de uma Lei de Autorização para viabilizar as operações ferroviárias.


Por sua vez, o Governo de Goiás será responsável por receber os projetos para o PEF, gerir sua execução por meio de uma secretaria estadual — possivelmente vinculada a Goinfra —, e sancionar o Projeto de Lei correspondente.


Referência em planejamento ferroviário

Durante a reunião, Urubatan destacou como referência o modelo adotado pelo Estado de Minas Gerais, que conseguiu integrar o planejamento ferroviário diretamente à legislação estadual, com atualização prevista a cada dez anos. “Não se trata apenas de fazer a lei, mas de garantir um planejamento contínuo, com força normativa, que assegure a execução dos projetos a longo prazo”, explicou.


O especialista também apresentou exemplos de metodologias utilizadas na definição dos trajetos prioritários, como a análise multicriterial (AHP), que permite estabelecer prioridades com base em viabilidade econômica e demanda logística. Entre os trajetos mais atrativos identificados estão os que ligam a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), passando por Itumbiara e Anápolis. Eduardo ainda  convidou  Urubatan para um outro encontro com o foco de aprofundar mais as discussões iniciadas.


Ao final, destacou-se a necessidade de articulação entre governo, iniciativa privada e sociedade civil para consolidar Goiás como um importante hub logístico nacional, ampliando sua competitividade e atração de investimentos.

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