26.08.2024
A Adial se reuniu com o vice-governador Daniel Vilela nesta segunda-feira, 26 de agosto, para discutir questões relacionadas à Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). A entidade manifestou sua preocupação com a logística e a competitividade de Goiás e da região Centro-Oeste. Segundo Eduardo Alves, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Adial e Adial Log, a reunião na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) teve como principal pauta a antecipação da concessão da ferrovia para a VLI, que será discutida em audiências públicas.
"No entanto, nenhuma dessas audiências está programada para acontecer em Goiás, o que nos preocupa profundamente", ressaltou Eduardo Alves. Além disso, conforme informações da imprensa, não há previsão de investimentos ou melhorias na ferrovia para o estado por parte da VLI.
Diante desse cenário, a Adial levou suas preocupações ao vice-governador, destacando que, a médio e longo prazo, o transporte de cargas pode se tornar ineficiente devido ao crescimento contínuo da produção de grãos. A entidade também ressaltou a expansão do Vale do Araguaia, que registra um aumento significativo tanto na produção agrícola quanto na extração mineral, especialmente na região de Alto Horizonte.
A Adial prevê um crescimento expressivo na produção e exportação de granéis sólidos. A produção de soja em Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás deverá ultrapassar 100 milhões de toneladas, ampliando a produção nacional em cerca de 65%. Já a exportação de milho nos estados de Mato Grosso e Goiás deve aumentar em 68%. Além disso, a demanda por fertilizantes em Goiás e Mato Grosso poderá superar 35 milhões de toneladas a longo prazo.
Atualmente, a malha ferroviária e os portos conectados não têm capacidade para absorver o crescimento expressivo da demanda dos estados do Centro-Oeste. Caso novos terminais ferroviários para exportações de granéis sólidos não sejam adicionados à malha até 2028, o Brasil poderá enfrentar sérias restrições de capacidade. Até 2060, as exportações de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais devem superar 200 milhões de toneladas, exercendo grande pressão sobre a infraestrutura logística existente.
Estiveram presentes na reunião o presidente-executivo da Adial, Edwal Portilho; o Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Adial e Adial Log, Eduardo Alves; e o Diretor-Executivo do FEE, Arthur Toledo.
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