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Goiás é industrial


25/05/2022


*Zé Garrote

A indústria é um agente econômico de grande relevância em Goiás. Neste Dia da Indústria, celebrado em 25 de maio, temos muito a comemorar no Estado. De fato, Goiás é reconhecido nacionalmente pela força do agronegócio. Mas basta colocar uma lupa nos dados econômicos que teremos consciência do impacto da crescente industrialização do Estado nas últimas décadas.

Se crescer é um desafio da indústria goiana, se manter entre os maiores hoje é um fundamental, mas nada nos garante essa posição. A industrialização é democrática, tendo vantagens competitivas, podem-se alcançar posições importantes. Como Goiás cresceu por ser interessante por mais de duas décadas, pode tombar se perder sua competitividade industrial diante de outros Estados.

O ambiente é de evolução dos Estados concorrentes. Revisar sempre o modelo goiano e buscar um contínuo ambiente de negócios mais favorável é o segredo da longevidade da industrialização. É a garantia de um amanhã industrial.

Hoje, podemos, sem sombra de dúvida, dizer que Goiás é industrial – com um salto vigoroso de uma economia incipiente nos anos 1970, quando representava 7% do PIB goiano, para 27% do PIB atualmente. Entre suas características, destacam-se o fato de ser bem distribuída no Estado (mais de 200 municípios têm indústrias) e bastante diversificada, com dezenas de setores com alto desempenho e mercado nacional.

Com dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), podemos avaliar mais profundamente a força da economia industrial goiana. São cerca de 16 mil empresas formais, com outras nove mil na indústria da construção, o que representa 15% de todas as empresas do Estado – é o sétimo maior parque industrial do País. Pela ótica do emprego, que é o motor da economia, verificamos que as fábricas goianas respondem por 250 mil empregos diretos. Agregando com a indústria da construção, o setor gera mais de 320 mil empregos – chega a 25% dos empregos formais do Estado.

É correto dizer que a indústria goiana, somando transformação e construção civil, só fica atrás na geração de empregos do setor de serviços, no entanto, é bom destacar que uma parte considerável das empresas de serviços – cerca de um terço – representa vagas de terceirização gerada para atender a demanda dentro das indústrias. Ou seja, o número total é bem maior do que as carteiras assinadas apenas pelas fábricas, pois envolve terceiros e coligados.

Dados da Rais 2021 mostram melhor este número. O indicador aponta que mais de 1,1 milhão de goianos, de uma forma direta ou indireta, trabalham no setor industrial no Estado. Esse número soma empresários, sócios, colaboradores, terceiros, coligados, demais modelos de contrato que envolvem o setor. Ou seja, da população economicamente ativa, quase um quarto tem alguma relação de negócio ou trabalho com o setor.

Importante destacar que a indústria goiana é representativa no cenário nacional. Apesar de uma industrialização recente, o Estado já se posiciona bem no ranking de setores importantes, como o líder na produção de medicamentos no País, além do destaque na produção de alimentos, etanol, automóveis, entre outros. A Adial considera que cada industrial instalado em Goiás é um desenvolvimentista por natureza, pois a indústria é um dos alicerces da economia goiana, sendo uma das maiores geradoras de empregos e tributos – o que contribui de forma privada ou pública para redução de desigualdades da nossa sociedade. Ampliá-la é estratégico.

*Zé Garrote é empresário e presidente do Conselho de Administração da Adial



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