Zé Garrote
A industrialização em Goiás é algo recente. Até os anos 1970, éramos incipientes, fábricas jovens, de pequeno porte, atendendo demandas de produção das próprias cidades. Desde então, começa um movimento crescente que transforma Goiás no sétimo maior parque fabril do País, com a geração direta de quase de 800 mil empregos ao somar as indústrias de transformação, construção e extrativista – segundo maior grupo empregador do Estado, atrás apenas do setor de Serviços.
A produção passa a ter destino nacional e internacional. Somente os salários pagos na indústria goiana, com dados do IBGE, representam uma transferência de renda direta anual superior a R$ 27 bilhões – mais que 10% do PIB goiano. Esse número dobra se considerarmos dados da Rais, que estima que o ecossistema indústria goiana envolve hoje mais 1,5 milhão de pessoas ao se agregar à conta total os terceirizados, coligados, agregados, acionistas e empregadores.
A escalada expansionista da indústria goiana trouxe consequências. Goiás foi perseguido ferozmente por décadas por sua política de industrialização independente, pioneira no País com os programas de incentivos fiscais e a inspiração de uma dezena de Estados emergentes. Goiás sempre venceu. A indústria venceu. Pela primeira vez na história, ocorreu a desconcentração industrial. Fábricas, empregos e melhorias de vida para a população se espalharam pelo Brasil. O rápido desenvolvimento de regiões que eram de IDH vergonhoso, hoje mostram nosso acerto.
A Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial) surge neste contexto, quando o ataque a Goiás se acirrou. Em setembro de 1995, industriais goianos se uniram e buscaram uma solução também inédita nacionalmente: fundaram uma entidade que representasse a defesa desta nova indústria que se formava e da nossa política de desenvolvimento regional.
A família industrial cresceu em representatividade. A entidade, que representa hoje mais de 80% do PIB industrial de Goiás, foi se diversificando e abrigando os mais diversos segmentos fabris do Estado, completa 28 anos.
A atual gestão da entidade deu continuidade a vários projetos bem-sucedidos das gestões anteriores e ampliou projetos e investimentos, entre os vários, entrega hoje a nova sede da entidade. Após nove meses de obras, o novo escritório da Adial, agora no 8º andar do mesmo prédio onde se instalou há 28 anos, o Rizzo Plaza. A associação passa a ter uma sala funcional, estratégica e planejada para atender as demandas dos executivos das indústrias, que terão uma estrutura compatível com as necessidades da economia atual. A Adial, assim como a indústria goiana, é moderna, sustentável e eficiente. A nova sede representa este espírito.
*Zé Garrote é empresário e Presidente do Conselho da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial) Associação Pró-Desenvolvimento Industrial de Goiás (Adial)
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