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PIB goiano cresce 4,4% na retomada de atividades econômicas


28/06/2022


A economia goiana voltou a crescer no segundo trimestre deste ano, após a retomada de várias atividades econômicas. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado cresceu 4,4% de abril a junho, na comparação com o mesmo período de 2020, quando os setores de comércio e serviços passaram por um longo período de fechamento, sem o atendimento presencial. A estimativa do Instituto Mauro Borges (IMB), responsável pela divulgação dos números, com dados do IBGE, é que o PIB goiano cresça entre 5% e 7%.

O bom desempenho foi puxado, principalmente, pelo crescimento de 8% no PIB do setor de serviços, com reabertura de atividades como eventos, lazer e turismo. Os maiores destaques do setor foram as atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares, que cresceram 12,3%, transporte, com avanço de 14,7% e comércio, com 26% de aumento. Segundo o relatório do IMB, o bom resultado se deve também ao aumento das atividades que não exigem a presença física do consumidor nos estabelecimentos.

O gerente de Estudos Macroeconômicos do IMB, Anderson Teixeira, ressalta que o avanço da vacinação contribuiu muito para esta recuperação da economia goiana. “À medida que se flexibilizaram as regras de isolamento, vários serviços prestados às famílias e o comércio, os que mais sofreram com a pandemia, voltaram a trabalhar em sua plenitude, como bares, restaurantes, atividades de entretenimento, cultura, lazer e turismo”, explica. Ele prevê que o setor continue liderando o crescimento do PIB goiano nos próximos dois trimestres.

O PIB da indústria goiana também cresceu 0,7% no segundo trimestre, com destaque para os serviços industriais de destaque para os produtos de utilidade pública, indústria extrativa e, principalmente, a construção civil. “Mas alguns fatores ainda podem comprometer uma retomada mais robusta, como a crise hídrica e os aumentos da energia elétrica e dos combustíveis, que encarecem os custos da indústria, e até a ameaça de um apagão ou racionamento de energia, além do ambiente hostil político e institucional”, alerta. Segundo Anderson, algumas políticas de crédito, como a destinação de recursos do FCO para as pequenas empresas, também contribuíram para o bom resultado.

Já a agropecuária, que corriqueiramente liderava o crescimento do PIB local, desta vez registrou retração de 2,1% no segundo semestre, motivada por uma quebra de 21,1% na safra de milho e redução da produtividade de cana de açúcar, principalmente por fatores climáticos. O resultado só não foi pior por conta da maior produção de culturas como arroz, feijão e mandioca, além do avanço da pecuária de corte, com maior produção de carnes bovina, suína e aves. “Estamos com uma retomada consistente, já com taxas similares ao período pré-pandemia, e a estimativa é fechar o ano com crescimento de 5% a 7% no PIB goiano”, afirma.

Fonte: O Popular

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