31.10.2024

A Adial participou do seminário “Agroenergia: Transição Energética Sustentável - Edição Etanol”, realizado em 30 de outubro, na sede da CNA. Promovido com apoio do Observatório de Bioeconomia da FGV, o evento reuniu especialistas, parlamentares, produtores, diretores do Sistema CNA/Senar e representantes de entidades.
Eduardo Alves, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da Adial e Adial Log, destacou que o encontro discutiu avanços e perspectivas na produção de etanol, focando na expansão da oferta e na sustentabilidade do setor. Pioneiro no desenvolvimento do etanol desde os anos 70, o Brasil é hoje o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar e o segundo maior de etanol de milho, totalizando mais de 35 bilhões de litros na última safra. O país também vem investindo em novas plantas de produção.
A expansão do etanol de milho foi um dos principais temas, visto como alternativa para áreas onde a cana-de-açúcar não é viável, promovendo diversificação das matérias-primas e uma oferta mais estável de combustíveis renováveis. Esse modelo permite que o diferencial de preço entre estados reflita apenas os custos de transporte e produção.
O vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, ressaltou que o agro é um “grande colaborador da transição energética no país”.

Além de milho e cana-de-açúcar, o agave - um gênero de suculentas - foi citado como potencial matéria-prima para biocombustíveis ampliando a oferta de recursos sustentáveis com sua adaptabilidade a climas secos.
Outro destaque foi a adoção de agricultura regenerativa e tecnologias no campo, como o uso de produtos biológicos em substituição aos químicos. Essas práticas aumentam a produtividade, reduzem custos, aumentam a resiliência das plantações às mudanças climáticas e prolongam a vida dos canaviais, com monitoramento constante para prevenção de incêndios.
A produção de grãos na segunda safra e o uso de pastagens degradadas também foram identificados como áreas de alto potencial, podendo adicionar até 155 milhões de toneladas à produção nacional. Com milho, cana e agave como protagonistas, o Brasil reforça sua posição de liderança na bioeconomia e nos biocombustíveis sustentáveis.
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