23.03.2023
O investimento de aproximadamente R$ 10 milhões vai possibilitar duplicar a área de plantio da indústria de atomatados
A Goiás Alimentos (Goialli), indústria de alimentos derivados do tomate com sede em Goianésia (GO), adquiriu uma planta industrial em Rio Verde (GO) para ampliar a sua produção. “Vai possibilitar duplicar a área de plantio de 700 para 1,4 mil hectares”, disse Jalles Fontoura, presidente do Conselho de Administração da Goialli. Ele diz que o investimento gira em torno de R$ 10 milhões.
Jalles Fontoura ponderou que, mesmo com o investimento, a ampliação na capacidade de produção deve ser percebida apenas na safra do próximo ano. A empresa prevê repetir neste ano a área plantada. Serão 700 hectares, o que deverá produzir 70 mil toneladas de tomate e 10 mil toneladas de polpa da fruta. Que, ao ser industrializada, viram extrato, ketchup, molho, entre outros produtos.
“Como a gente ainda está em fase de montagem, fica difícil fazer uma aposta de dobrar a área de plantio sem ter a fábrica pronta”, afirma Fontoura. “O investimento da fábrica nova foi encontrá-la e fazer a logística de transporte de toda a fábrica para Goianésia. Além da revisão e atualização tecnológica dos equipamentos e a montagem. E fazer algo que até então não tínhamos que é a automação completa da fábrica. Tudo será operado a partir de uma sala, algo que será incorporado a toda a indústria”, diz.
Plantio
O plantio do tomate industrial da Goialli começou no de final de fevereiro e segue até junho. As áreas plantadas estão nos municípios de Goianésia, Rialma, Corumbá de Goiás, Vila Propício, Itaberaí, Campinorte e Santa Isabel. Já a colheita começa em julho e vai até outubro. O custo da produção vai girar em torno de R$ 35 mil o hectare em um período de 120 dias.
Segundo a Tomate BR – Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial, o Brasil é o sexto maior produtor de tomate industrial do mundo. Goiás produz cerca de 70% do tomate industrial brasileiro.
Jalles Fontoura afirmou que existe uma perceptiva grande do Brasil se tornar exportador do produto. “O Brasil era importador de polpa e agora estamos fazendo a proposta de exportação. Isso gera mais empregos, imposto e movimenta o mercado. Então estamos duplicando a empresa agora, e podemos duplicar novamente num futuro breve”, disse.
O empresário cita que os Estados Unidos, por exemplo, que é o maior produtor de tomate do mundo, reduziu a produção em função da seca e do aquecimento que aconteceu na Califórnia. “Então, os Estados Unidos que eram exportadores de tomate passaram a ser importadores de tomate. É algo novo e o preço no mercado internacional aumentou muito. Temos tido propostas de aumentar a produção de tomate para exportar”, explicou. (Empreender em Goiás)
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