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Fusões e aquisições no setor de energia podem movimentar R$ 30 bi neste ano

18.04.2024


Operações são estimuladas, sobretudo, por reciclagem de ativos e redução de portfólio


O setor de energia deve ter um ano movimentado no país em relação a fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês). Segundo projeções de bancos, as transações podem movimentar R$ 30 bilhões, chegando a B$ 40 bilhões no prazo de 18 meses. No ano passado, os negócios no segmento alcançaram cerca de R$ 20 bilhões.




Grandes operações já estão em andamento. Uma delas é a venda das térmicas da Eletrobras, que deve girar cerca de R$ 8 bilhões. Outro processo é o da AES Brasil. A Auren, controlada pelo grupo Votorantim e CPPIB, já têm cerca de 5% da empresa e fez oferta vinculante. A proposta, contudo, não agradou.


De acordo com os bancos, a queda da inflação e da taxa básica de juros favorece as negociações e traz de volta à mesa algumas operações. A portuguesa EDP, que tenta vender suas hidrelétricas no Amapá, recontratou o Bradesco BBI para seu processo. Na última tentativa, o fundo canadense CDPQ buscou comprar os ativos, mas as discussões não prosperaram.


Um fator adicional é a redução no preço da energia, que diminuiu a avaliação de preço das empresas ("valuation") e tem funcionado como impulsor de novas conversas. As companhias passam a colocar na balança opções entre novos investimentos ("greenfields") ou aquisições, que podem fazer mais sentido nesse contexto, segundo fontes da área.


"No setor de energia elétrica, ao contrário de outros, é comum a reciclagem de ativos, mesmo entre os estratégicos", diz Eduardo Miras, do Citi no Brasil.

O executivo destaca, ainda, o peso de operações de óleo e gás. Neste mês, a Azevedo & Travassos comprou campos na Bacia do Potiguar e voltou à exploração de petróleo. Recentemente, Enauta e 3R assinaram acordo para fusão.


Hugo Pacheco, da RGS Partners, avalia que as transações em geração solar distribuída também serão relevantes. As gestoras Nova Milano, Squared e Brookfield entraram no segmento com aquisições e injeção de capital. (Fernanda

Guimarães e Robson Rodrigues/Valor Econômico)

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