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O salto histórico do agronegócio brasileiro

  • Foto do escritor: Michel Victor Queiroz
    Michel Victor Queiroz
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

Em artigo publicado no O Estado de Minas, o economista Paulo Rabello de Castro faz uma análise aprofundada sobre o fenômeno do agronegócio brasileiro, que, em apenas cinco décadas, multiplicou por seis sua produção de grãos. O dado impressiona não apenas pelo volume, mas pela forma como foi alcançado: com base em tecnologia, pesquisa científica e políticas econômicas que estimularam o livre mercado.

O autor explica que, a partir dos anos 1970, o Brasil viveu uma verdadeira revolução silenciosa no campo. Deixou para trás o modelo de fazenda arcaica, baseada em monoculturas de exportação, e apostou na ciência agropecuária como pilar de desenvolvimento. A criação da Embrapa e a formação de milhares de técnicos e cientistas agrícolas, tanto no Brasil quanto no exterior, foram marcos decisivos para essa transformação.

Ao mesmo tempo, o país abandonou o controle rígido de preços e permitiu que o sistema de mercado orientasse a produção e o investimento rural. Essa combinação de convicção científica e liberalismo econômico permitiu que a produção saltasse de 58 milhões de toneladas em 1985 para mais de 350 milhões de toneladas em 2025 - um crescimento de seis vezes, com triplicação da produtividade por hectare.

Rabello destaca ainda o papel da demanda global por proteínas, especialmente da China, que impulsionou a soja, o milho e as carnes brasileiras. Contudo, o autor alerta: o sucesso atual exige vigilância. O enfraquecimento do investimento em pesquisa e as barreiras externas impostas por países protecionistas podem colocar em risco o protagonismo brasileiro no agro mundial. “O agro brasileiro chegou ao topo, mas os riscos de estar tão alto são maiores agora do que quando caminhava em baixa altitude”, conclui Rabello.

 
 
 
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